A pesquisadora Lauret Godoy que muito brilhantemente é a embaixadora de Santos=Dumont no programa "O MAIOR BRASILEIRO DE TODOS OS TEMPOS" do SBT nos honrou com um texto de sua autoria que transcrevemos na íntegra abaixo. A você Lauret os nossos agradecimentos pela brilhante defesa desta causa que tanto amamos. O Dumonzinho e o povo de Santos Dumont (MG) te mandam um grande abraço...
MUITO OBRIGADO!!!
SANTOS=DUMONT
Apenas
a título de esclarecimento
Quem conhece bem a vida de
Santos=Dumont sabe que durante vinte e dois anos, entre 1910 e 1932,
o ilustre inventor brasileiro lutou contra uma terrível esclerose
múltipla e permanentes crises depressivas, que necessitavam de
internação em sanatórios especializados. Enfrentar a mais de mil
metros de altura nuvens, raios, trovões, rajadas de vento,
tempestades, acidentes e a morte por diversas vezes, por certo acaba
enfraquecendo os nervos. Isso aconteceu com ele. Porém, a cada vez
que saía da crise, Santos=Dumont voltava ao trabalho e fazia novas
descobertas.
Em 2006, ano do centenário
do primeiro voo com o 14 Bis, Alberto Santos=Dumont teve o nome
inscrito no Livro
de Aço dos Heróis Nacionais
- honraria conferida a pouquíssimos brasileiros. Em 2006 também, o
Sítio de
Cabangu,
onde nasceu
o Pai da Aviação e que está situado na atual cidade mineira
denominada Santos Dumont,
recebeu a
qualificação de Sítio
Histórico Aeroespacial,
honraria conferida pelo Instituto
Americano de Aeronáutica e Astronáutica.
Portanto, em apenas esses dois fatos, nota-se que Santos=Dumont, que
fez com sucesso suas primeiras experiências aeronáuticas no final
do Século Dezenove e início do Vinte, ainda no Século Vinte e Um é
honrado e festejado por autoridades brasileiras e norte-americanas.
Em julho de 1932
Santos=Dumont estava residindo na cidade do Guarujá. No dia 9 de
julho de 1932 teve início a luta armada entre São Paulo e o governo
federal. Iniciavam-se os combates da Revolução Constitucionalista.
Os aviões das forças legalistas e das constitucionalistas passaram
a cruzar os céus do Estado de São Paulo, provocando medo e pavor.
No dia 14 de julho, Santos=Dumont escreveu um manifesto à Nação,
pedindo para que fosse colocado um ponto final naquela luta entre
brasileiros. Não foi atendido. Os combates aéreos continuaram e os
fracos nervos de Santos=Dumont não resistiram, ao ver que o avião
que ele inventara para aproximar os povos, estava sendo usado para
uma guerra entre irmãos. Entendendo e respeitando os motivos que
provocaram aquele gesto de desespero, o governo federal proibiu que
fosse colocado no atestado de óbito de Santos=Dumont a verdadeira
causa
mortis.
Temos certeza de que agora,
com esta explicação, as pessoas que conhecem a devastação
psicológica de uma depressão e das sequelas de uma esclerose
múltipla, ou que têm a infelicidade de conviver com familiares que
sofrem o desespero desses males, saberão compreender a atitude que
provocou a morte de Alberto Santos=Dumont.
Enquanto saudável foi
genial, valente e corajoso.
Por tudo que fez não apenas
pelo Brasil, mas por toda a Humanidade, Alberto Santos=Dumont merece
apenas ser compreendido, aplaudido e respeitado.
Lauret
Godoy
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